domingo, 11 de dezembro de 2011

SOBRE A POSTAGEM ABAIXO...

Fiz questão de colocar na íntegra o excelente texto que li hoje na revista Metrópole escrito pela sempre elegante Cláudia Matarazzo...e ressaltar que se pelo menos uma pequena parcela das brasileiras tivesse uma opiniao semelhante a uma pessoa de bom gosto como ela, não veríamos pelas ruas tantas aberrações como temos visto...

A impressão que tenho hoje é que tudo que antigamente  era feio, malvisto, inadequado em matéria de moda hoje se tornou totalmente aceitável e até mesmo obrigatório: roupas rasgadas, com lavagens que imitam sujeiras e manchas, do avesso...

Ontem estava na praça de alimentação de um shopping em Campinas e passou por mim um casal, a moça grávida já em estado bem adiantado, vestindo uma legging que mal cobria a calcinha,já que logicamente ela deve ter engordado o bumbum e uma camiseta que ela ficava puxando pra baixo, que logicamente não acomodava seu barrigão imenso...
Não entendo o porque das grávidas hoje insistirem em continuarem usando as mesmas roupas que usavam antes da gravidez, que não lhes serve mais. Porque não usar roupas mais confortáveis e soltas, adaptadas à nova condição?
Com isso vemos um verdadeiro festival de mau gosto, onde todos os dias nos deparamos com barrigas enormes, cheias de marcas que não deveriam estar a vista de todos...




E falando em shopping, outra coisa me vem à mente... sempre vejo muitas pessoas bem vestidas, bem arrumadas, adequadas a ocasião, mas em compensação sempre tem outras que parecem não ter espelhos em casa, nem ninguém que lhes de um toque que aquela roupa está horrivel!

Também parece que as pessoas hoje em dia não sabem dizer não aos modismos... como bem citou a Cláudia ao falar que macacões só ficam bem em mulheres com mais de 1,70 m e menos de 60 kg!

 É só pra quem pode!


Me lembro que foi com grande alívio que vi decretada o FIM da moda das calças de cós baixo! Era um horror, onde íamos nos deparavamos com mulheres com cofrinhos a mostra, e muitas ocasiões aquilo até mexeu com meu apetite... pois quem consegue comer tranquilo num restaurante tendo a sua frente uma mulher sentada com metade do bumbum de fora?
E o pior que a maioria não tinha corpo condizente para usar aquilo... calça de cós baixissimo só para algumas privilegiadas de corpo, que podem...

Como isso pode ser considerado sexy? é muito feio! e extremamente vulgar!




Outra aberração dos últimos tempos é a calça saruel... Dizem que é calça mais democrática de todas, pois consegue enfeiar a todas mulheres, sem distinção!
 Concordo inteiramente, pois nunca vi uma mulher que ficasse elegante ou pelo menos bem vestida com uma peça horrivel daquelas no corpo... para alguma que dei minha opinião sobre o assunto, me disse que o conforto era a prioridade... e será que não dá pra conciliar conforto com beleza?
só conforto com feiura que pode?

Ícone de deselegância:






Tenho até medo de pensar nas próximas aberrações que serão enfiadas goela abaixo do povo, e o povo aceita sem o mínimo questionamento...

Elegância é como caráter... quem tem, tem... quem não tem... pelo menos no caso da elegância pode tentar mudar...e se inteirar do assunto...

"E PRA VOCÊ, O QUE É ESSENCIAL?"

"O verão ainda nem chegou e já vemos nas revistas femininas centenas de editoriais de moda para ajudar as leitoras a organizarem seu guarda-roupa para o calor.
E não dá outra: em pouco tempo, as mulheres começam a paerceber que não podem ficar sem "aquela peça básica", que é essencial em funciona em qualquer hora do dia. Calma, meninas!
Ainda estamos no final do ano, muitas liquidações acontecerão em poucas semanas e não vale a pena comprar no impulso.
Dia desses, vi uma revista que apregoava que as três peças obrigatórias da estação serão macacão, camisa de seda e saia longa. Será mesmo? Obrigatórias pra quem? Ora, macacão não é pra qualquer uma (experimente olhar-se de costas). Poucas mulheres com menos de 1,70 e mais de 60 quilos resistem.
Nem usando sandália alta que, vamos combinar, no calorão do alto verão e com as tiras apertando os dedinhos não é o ideal.
A camisa de seda é linda, mas não é para qualquer bolso. Com tanta roupa em cambraia, algodão e lindas chitas nas lojas, pense bem antes de investir uma nota numa peça assim. Pessoalmente acho um show. Mas, quando chega o calor, adoro ousr com itens mais tropicais e divertidos.
A tal da saia longa é uma grande pedida, mas tem que ter caimento reto para não ficarmos parecendo velas de barco ambulantes, salvo as magrinhas e altas. Caftãs e similares também entraram com tudo no imaginário dos estilistas e invadiram as vitrines, um reflexo da primavera árabe noticiada no mundo inteiro Assim, muita gente acha que basta vestir uma túnica larga, colorida e com barra trabalhada e sair para a vida.
Realmente, alguns caftãs são irresistiveis. São feitos de tecidos superfnios e exibem cores alegres e estampas elaboradas que remetem a Sherazade, aquela das mil e uma noites. Além do mais, são bastante confortáveis. Só é preciso lembrar que são peças para se usar em casa, na praia ou à beria da píscina, não para trabalhar.
O mesmo vale para os pítons, a boa e vbelha estampa de cobra rebatizada. Já há pítons em todas as versões e em todos os ítens: bolsas turquesa, blusas salmão, vestidos verde-água.
Menos, gente!
Se é para usar cor nesse tipo de estampa, que seja em acessórios, em detalhes. Para os tecidos,o tom mais elegante continua sendo o mais próximo das cobras originais - ou seja, o cinza, eventualmente mais azulado ou com toques de verde.
Coletes e boleros ganharam novas leituras e voltaram em tecidos molinhos, rendas e tons naturais. Tudo lindo, mas é bom lembrar que não funcionam para quem está acima do peso nem para quem tem seios grandes.
Pois é. Adaptar a moda e conciliá-la com seu estilo é uma virtude das pessoas realmente elegantes. Porém, ainda mais importante é questionar a indústria da moda e não embarcar em todas as tendências malucas que nos apresentam. Finalmente, como libanesa que sou, adoro esperar uma boa liquidaação.Só assim a poeira terá assentado e terei certeza se aquela peça era mesmo básica, essencial e indispensável para mim."

Cláudia Matarazzo na revista Metrópole de 11/12/11 pagina 12