Ontem foi meu aniversário de 44 anos...
Eu que aos 30 anos considerava a vida chata e sem muitas perspectivas, agora ao 44 me vejo de uma maneira totalmente diferente!
Hoje eu amo a vida muito mais do que quando eu era bem mais nova. Hoje eu sou muito mais feliz do que eu era quando mais nova.
Quando era mais nova estava presa a conceitos que eu na época considerava corretos e me esforçava muito para cumprir a risca... Mas hoje meu único compromisso é ser feliz!
Se tenho vontade de fazer algo, faço.
Se tenho vontade de me arrumar, me arrumo.
Se tenho vontade de ir, vou.
Se tenho vontade de sorrir, sorrio!
Logicamente que dentro dos limites e dentro do temor que qualquer pessoa de bom senso e caráter deve ter...
Descobri que dentro de mim não morreu a singeleza de menina, o dom que toda criança tem de ser sincera, de falar a verdade, de amar de verdade, de dizer quando gosta e não gosta...de ser verdadeira!
Todo adulto abandona isso, e se torna uma máscara de contradições e inverdades para tentar sobreviver num mundo baseado em mentiras e enganos...
Eu não, continuei criança...
Não no sentido literal, mas no sentido de continuar fiel a essa essência pura, de não se contaminar com as farsas que muitos recobrem suas vidas...
Se gosto, gosto de verdade... mas se não gosto, não finjo...
Se amo, amo de verdade... mas se não amo, não bajulo...
Isso é a minha essência... Incomoda a muitos, que fazem exatamente o contrário... Mas isso não é problema meu... Meu problema é continuar fiel a ser o que sempre fui... O que não é de modo nenhum dificil, pois faz parte do meu caráter, do meu ser...
E quero ser assim até minha morte... Porque é isso que me faz feliz! Ser eu mesma, ser verdadeira, ser fiel a minhas convicções, mesmo que o mundo inteiro diga que estou errada...
Se os grandes navegadores tivessem dado ouvidos aos negativos da época, não haveria as grandes descobertas!
Se os grandes inventores, cientistas, filósofos, matemáticos, não tivessem desafiado tudo que se aceitava como certo e não tivessem provado que existiam outras maneiras, outras coisas além do que se conhecia, ainda estaríamos vivendo em cavernas na idade da pedra...
Pois eu faço parte desse pequeno grupo contestador, curioso, descobridor, inquieto, que não aceita passivamente o que todos aceitam... Quero saber os porques, os comos...
Como diz a velha canção de Raul Seixas: "eu que não me sento no trono de uma apartamento com a boca escancarada cheia de dentes esperando a morte chegar"...
Não, antes que a morte chegue, quero viver a vida em toda sua plenitude!
Quero amar ao máximo! Quer ser amada ao máximo!
Não me basta o médio, nem o essencial... Pra mim tem que ser sempre o máximo!
Quero fazer tudo que eu quiser, quero não me arrepender de ouvir meu coração, meus sinais internos, quero não ter medo de mesmo quebrando a cara e levantando muitas vezes, ir além, e além e além!
Pois só não cai quem não tenta andar, não se machuca quem não tenta subir...
E quem tenta, consegue!
Eu tento! Eu consigo! Eu posso! Eu mereço!
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