sábado, 19 de fevereiro de 2011

O SUSSURRO DE DEUS



Conta-se que um amigo levou um índio para passear no centro de São Paulo.
Seus olhos não conseguiam acreditar na altura dos edifícios e ele mal conseguia acompanhar o ritmo frenético das pessoas indo e vindo.
Espantava-se com o barulho ensurdecedor das sirenes, dos automóveis, das pessoas falando em voz alta.

De repente, o índio falou:
- “Ouço um grilo!”
O amigo espantado retrucou:
- “Impossível ouvir um inseto tão pequeno nessa confusão!”
O índio insistiu que ouvia o cantar de um grilo. Tomando o seu cicerone pela mão, levou-o ate um canteiro de plantas. Afastando as folhas, apontou para o pequeno inseto.
- “Como?” – Perguntou o amigo, ainda sem crer.
O índio pediu-lhe algumas moedas, e então as jogou na calcada. Quando elas caíram e se ouviu o tilintar do metal, muita gente se voltou.
- “Escutei o grilo porque o meu ouvido está acostumado com este tipo de barulho. As pessoas aqui ouvem o dinheiro caindo no chão porque foram condicionados a reagirem a esse tipo de estimulo”.
Depois arrematou:
- “A gente ouve o que está acostumado ou treinado a ouvir.”




Vivemos em um mundo materialista.
A vida impõe que sejamos muitas vezes duros.
Acabamos nos tornando céticos.
A voz de Deus não é ouvida senão por aqueles que têm o ouvido sensível.
Muitas vezes a correria da vida e as agitações da nossa alma inquieta não nos permitem perceber o Divino.

Treinamos os nossos sentidos para reagir apenas aos impulsos da sobrevivência, mas há realidades que só se percebem com o espírito.
Aqueles que aquietam o coração e se deixam tocar pelo Eterno, escutam o sussurro de Deus.
Que todos consigamos, apesar do tumulto que nos cerca, escutar o sussurro de Deus. Pense nisso!


Da net

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