quinta-feira, 24 de março de 2011

SOU MULHER A MODA ANTIGA

 
 
 
Numa boa, essa conversa de igualdade de sexos não é pra mim. Podem chamar de retrógrada, alienada ou simplesmente de atrasada, mas ainda acho que homem é homem e mulher é mulher. Defendo a igualdade de direitos, mas nunca a igualdade de sexos. Admito sem problema algum que sou frágil, quero cuidado e proteção de um representante do sexo oposto, me reconheço incapaz de realizar certas atividades tipicamente masculinas, como abrir vidro de conserva, exercer os ofícios de pedreiro e estivador, andar sem camisa em dias de calor e fazer xixi em pé. Aceito humildemente minha inabilidade com raciocínio lógico, a capacidade de me perder a duas quadras de minha casa e a dificuldade homérica em lembrar de um percurso antes de percorrê-lo, pelo menos umas cinqüenta vezes.

Não sou nem quero ser igual a homem algum. Como mulher, já tenho problemas e encargos suficientes, não quero somar a estes os que viriam com essa tal igualdade.

Imagine se depois de sofrer horrores na manicure, de ter um pedaço da alma esfacelado a cada puxada de cera quente em lugares delicados e de difícil acesso, de suportar horas em um salto alto e envergar com garbo e elegância um vestido que faz morrer de frio, depois de ter passando metade do dia brigando com o cabelo para que ele finalmente fique do jeito que gosto, depois de ter despendido meia hora fazendo a maquiagem que pouco tempo depois irei levar mais meia hora pra tirar e depois de tudo isso ainda ter que rachar ou pagar ou a conta. Desculpa, eu não sou masoquista!

Eu mereço contas pagas, portas abertas, cadeiras puxadas, flores, presentes, dengos, mimos e cada elogio. Eu sou sexo frágil!

Gosto da diferença, da completude, dessa coisa caramelo meio a meio, não acho bacana mulher macho, durona e sisuda que, infelizmente está contribuindo para o desaparecimento do cavalheirismo, não existe cavalheiro sem dama. Assim como também não curto essa onda de (kilo) metrossexual, não digo que o homem seja um ogro, mas depilar a virilha já é muita informação pra mim. Onde fica a ancestral sensação de pelo na pele? Sério mesmo, em um relacionamento quem usa maquiagem e desenha sobrancelha sou eu. Não me imagino disputando o hidratante para pele sensível com um namorado ou marido.

Eu posso me virar sozinha e cuidar de mim mesma. Posso, mas não quero!

Que fique claro, não estou aqui defendo a inferiorização da mulher nem a supervalorização do homem. Ser feminina, frágil, delicada, sim. Mas não apenas isso. Podemos garotas, conquistar nosso lugar ao sol, ou a chuva de acordo com nossas vontades, podemos exercer cargos de chefia ou qualquer outro e, para tantos temos competência de sobra, o que não podemos é, por conta disso perdermos a leveza e a boniteza de ser mulher. Deixar o encantamento do sorriso e leve balanço no caminhar. Mostrar que temos a mesma competência que os homens não significa que devemos nos masculinizar. O que eu não quero é perder minha graça. O ideal é poder fazer o que quero e gosto, conquistar meu espaço e respeito e o mais importante, usando salto.


Lindo texto tirado da net



Um comentário:

  1. Boa noite e parabens pelo belo blog , gostei muito de sua postagem e tambem penso igual a você ; mais querida amiga as pessoas estão mudando na velocidade da luz, e acredito que homens e mulheres que defendem este pensamento já fazem parte da minoria daqui a vinte anos nossos netos vão rir muito quando lerem nossos blogs ;um forte abraço.

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